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segunda-feira, 16 de julho de 2012

talkin' bout a revolution..




Não sei se é efeito de uma manhã cinza e fria.... Ou se a segunda-feira sopra aos ventos seu desânimo e contagia quem inicia o dia com uma leitura de notícias...
"Tem que ser mais que só isso"
"Onde estão os grandes feitos? As boas novas?"

Sei que minha próxima afirmação soará absurda, mas nessas horas entendo a alienação. Sim, para quê saber? Mais válido viver em um mundo de faz de contas, no FakeBook ou qualquer outra rede de contatos que seja. Um personagem, uma história melhorada, uma vida perfeita e feliz à la Dior, Gucci, Prada ou sei lá qual marca. Comparada à quase intragável realidade dos jornais, esse faz de contas se torna mais aceitável,tangível. Como seres humanos nos recusamos a crer que o que lemos seja se quer possível. "Não, nós não somos os algozes lá retratados. Não somos capazes de tamanha crueldade com nossos iguais. Somos seres racionais, providos de raciocínio, inteligência!Criamos, modificamos, alteramos cursos! Não somos apenas animais seguidores desenfreados de instintos!" Tentamos desesperadamente nos convencer que o que está escrito é na verdade uma realidade manipulada,não fiel aos fatos. Sim, possuímos uma mídia manipuladora, e com, de certo ponto, recente união com a imprensa, ficou difícil acreditar na veracidade do que nos é apresentado. Triste seria descobrir que ainda é muito pior do que ali está...
Escolher o não saber já nem pode ser mais tão julgável! Como condenar quem apenas prefere não sofrer por aquilo que ninguém quer mudar? Sofre menos quem menos vê! E entramos nesses ciclos de obediência cega, de inação. E nisso vai o mundo ficando mais feio como um pobre reflexo do que nós mesmos estamos nos tornando. Estamos inertes vendo mil absurdos acontecerem e, de baixos olhos, nos renegamos ao direito do covarde silêncio. Nada muda. A vida vai tomando um contorno plástico, vitrinesco. Um ideal de felicidade consumista,em comprar para aliviar o vazio e individualista no que isso pode ser mais negativo. Um egoísmo seco, sem voz, sem cor, sem sentimento, sem vida...
Que pudéssemos ler amanhã mesmo sobre uma enorme batalha! Não a que pega em armas, mas a que se inicia dentro de quem somos! Que mudássemos nosso eu primeiro! Que recordássemos o amor. O amor sim! Ah como este anda abatido... Que revisássemos o para onde estamos indo e pudéssemos encontrar um melhor caminho, e que nele houvesse um destino,um onde chegar! Estamos tão perdidos! Nosso momento no hoje se afunila em um sem número de tristezas. Quem sabe uma revolução da alma pudesse nos trazer de volta...


"Don't you know?
They're talkin? about a revolution
It sounds like a whisper
Don't you know?
They're talkin? about a revolution
It sounds like a whisper"


"Você não sabe?
Estão falando numa revolução.
Isso soa como uma confidência
Você não sabe?
Estão falando numa revolução
Isso soa como uma confidência"*

Quem sabe...



* Tracy Chapman



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