Total de visualizações de página

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Felicidade

Felicidade é tão sublime
Que nem poeta define
Que é difícil ter certeza de ter.
Não é como a dor que vem rasgando o mundo
Fazendo sofrer lá no fundo
E que vai deixando sem rumo e o coração a temer.
Felicidade vem mansinha
No seu colo se aninha
Até que você a acarinha
Mesmo que sem saber quem venha a ser.
Felicidade é essa quase miragem
Que não faz vadiagem
Nem tempo perde com bobagem
Que luta à margem para se fazer crescer.
Mas você não se espante
Se entre hoje e antes
Um sorriso bobo aparecer
Só não fique sentado
Nem de braço cruzado
Porque sozinha do céu ela não vai descer
Vá à Deus para agradecer.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ih casei!

Ih casei!
De nome eu mudei
Aliança ganhei
Confesso chorei
De alegria eu sei
O papel assinei
E não é que casei!

Casei!
Outro rumo tomei
Tchau passado
Fechei
Com amigos brindei
Valsa nova dancei

Ih casei!
Ao amor me entreguei
Felicidade aceitei
Vida nova gostei
Não demora verei
Boa nova terei
Pois é casei!






quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Casar

Por que apesar de tudo ainda casamos?

Acreditamos ser o casamento a mais falida das instituições. O mundo não é lá de grande ajuda, uma vez que oferece todos os motivos e razões contra. Somos criados à imagem e semelhança do individualismo, que prega sem cessar as benesses de uma vida livre, longe do dividir e em busca de só multiplicar. Não à toda e qualquer preocupação. Não às responsabilidades. Não a ter que aprender a compreender o outro tomando por modelo algo além de você mesmo. Não à prisão da fidelidade, ao marasmo e à rotina. Não à segurança e uma grande ode á uma vida de liberdade infinita.
Liberdade? Estamos todos presos ao nosso egoísmo, aos modelos, marcas e status. Esquecemos que sentir está acima do parecer ser. Importa o que o outro veja, não o que se sinta. Ó vida, sou o grande desbravador da solidão acompanhada, que me alcoolizo para lembrar de esquecer das escolhas frustradas que fiz. Temo a velhice acima de tudo, porque quero fielmente acreditar que serei jovem para sempre, ainda que a idade pese sobre meus ombros, que o corpo não mais responda como antes. Aceitar-me velho, e ser colocado à margem, na lista dos não tão mais úteis, e o pesar por vir por todo e qualquer plano que minha covardia me impediu de levar adiante, me assombra. Temo crescer. Peço para ficar em um mesmo momento, e que se congele esse tempo, pois agora ponho fogo em cada fogueira e conto histórias até para quem nem quer disso saber.
Então me vejo só. Nada construído, a não ser minha figura heroica que esse povo de pouca memória, não vai levar longo tempo para esquecer. Nada deixo. Nada fiz. Ninguém virá depois de mim.
Casamos porque ainda possuímos a doce capacidade por Deus nos dada de amar. Casamos porque somos seres feitos de planos e esperanças, e queremos deixar o unitário de lado, multiplicando-o por tantos números que se perca até tantos anos essa terra possa ter. Casamos pelo colo de cada dia, pelo sorriso, pelo pequeno e pelo grande, por cada momento e por cada medo. Pelo brilho dos olhos,pelo sono conjunto, pela partilha e por esse agora, em que o sentido se encontra na mais absurda falta do mesmo. Casamos porque unimos. Casamos porque em algum momento nos encontramos em mais alguém. E já não mais nos vale nos deixar partir para longe de nós mesmos outra vez. E assim simplesmente casamos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Borboletas

Gosto de borboletas
Esses seres mutantes
Nascem frágeis, rastejantes
Crescem livres
Brilhantes
Voam longe até mais ver

Gosto de borboletas
Porque são de todas as cores
Aceitam amores
Sem muito saber
Nem onde ou porquê

Gosto de borboletas
De diferentes tamanhos
E não por engano
Esse é seu encanto
Importa é viver


Gosto de borboletas
Que iluminam as cores
Espantam as dores
pseudo-pudores
fazem sorrir quem as vê