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quinta-feira, 8 de julho de 2010

raízes



Como é difícil deixar para trás o que por um longo tempo fez parte de nossas vidas. Independente do que seja, o aperto no peito vem. E nenhuma razão é grande o suficiente para ser mais forte que o sentimento que carregamos dentro de nós. Lembranças, momentos, histórias... tudo aquilo que se plantou um dia. A novidade sempre nos atrai, e figura como uma boa desculpa para seguir. Desculpa porque nesse momento estamos lidando com emoções, e aquilo que é racional acaba por não fazer a menor diferença. Precisamos convencer o eu interno que o livro segue, só o capítulo que muda. Agarramo-nos firmemente à esperança, ao conforto de imaginar o que está por vir. E sempre há uma tarefa ou outra que nos perece ser útil para simplesmente não precisarmos refletir. Forçamo-nos a seguir. Até porque no fundo sabemos que depois passa. Nada na vida dura para sempre. Existem momentos eternos, e nada mais. Como sempre digo há de se viver o hoje. Ontem não retorna jamais. Amanhã, ainda está longe. Há de se viver o agora. Construir o agora. Para quem sabe depois, existam frutos a serem colhidos. Resultados a serem celebrados. E mesmo que ambos não apareçam, celebraremos a vida que nos dá todos os dias a chance de recomeçar. Arar novamente a terra. Jogar as sementes, aguar e esperar que brotem. Que venham vendavais. Porque se destruírem a tudo, estarão apenas dando-me a oportunidade de repensar meu arado.
E que sempre me recorde das raízes fortes que me trouxeram a este mundo. A força de meus pais. Hoje sou o que sou por seus erros e acertos. Sou caule. A cada dia minhas folhas crescem. Amanhã germinarão os meus frutos. Porque preciso um dia também retornar à terra. Tornar-me raiz. Prender ao chão os que de mim vierem. Para vê-los um dia gerar mais uma vez a beleza da vida. Contínua. E quem sabe infinita de alguma forma....

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